Uma pesquisa da Organização Européia de Pesquisa Nuclear Cern, na Suíça, pode ter identificado uma das partículas mais procuradas por físicos em todo o mundo, conhecida como “bóson de Higgs” ou “partícula de Deus”, por ser supostamente a origem de toda a massa do universo.
Segundo a teoria elaborada em 1960 pelo físico Peter Higgs, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, todas as partículas de matéria na verdade não têm massa própria. Elas só receberiam essa massa por meio de interações com uma outra partícula, que ficou conhecida como “bóson de Higgs”.
De acordo com a teoria, sua massa é muito alta, e são necessárias energias até 100 mil vezes maiores do que energias nucleares para detectá-la. Peter Renton, cientista da Universidade de Oxford, afirma que o bóson de Higgs pode ter sido detectado no acelerador de partículas do Cern.
“Há indícios, mas ainda é questionável se estamos falando realmente do bóson de Higgs”, declarou o cientista à BBC. Os resultados “são compatíveis com a teoria do bóson de Higgs, mas só uma observação direta pode demonstrá-la.”
Um artigo sobre o experimento será publicado pela revista Nature nesta quinta-feira.
Os cientistas, no entanto, terão que ter paciência para dar continuidade aos experimentos.
O acelerador de partículas do Cern, que forma uma circunferência de 27 km de perímetro, foi desmontado para dar lugar a um equipamento maior e mais potente, que ficará pronto em 2007 e poderá dar mais velocidade e conseqüentemente mais energia às partículas.
A probabilidade de que os indícios encontrados pelos pesquisadores sejam na verdade apenas “ruídos” é de 9%.
Nas colisões feitas anteriormente no Cern, foram observadas 16 partículas que, de acordo com a teoria, formam toda a matéria do universo.
Mas, contrariando as expectativas, essas partículas observadas não tinham massa. Isso contraria as teorias básicas da física, mas seria explicado pela teoria do “bóson de Higgs”.
Em 2011:
Acelerador de partículas LHC já alcançou os objetivos de 2011
As operações com prótons referentes a 2011 do acelerador de
partículas LHC, do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), foram
concluídas nas últimas horas, depois que 400 trilhões de colisões
próton-próton permitiram reunir mais dados que o esperado. O Cern
destacou que o experimento superou seus objetivos operacionais pelo
segundo ano consecutivo, devido ao aumento regular do ritmo com o qual o
acelerador produz resultados.
O diretor do Cern para aceleradores e tecnologia, Steve Myers, afirmou que ao término das operações para este ano o acelerador de partículas "alcançou sua velocidade de cruzeiro". Com isso, a taxa atual de produção de dados é 4 milhões de vezes superior comparada com o primeiro período de exploração em 2010, e 30 vezes superior à registrada no início deste ano.
A meta traçada pelos cientistas para 2011 foi atingida já em junho, o que fez com que elevassem seus objetivos anuais, novamente alcançados em 18 de outubro. O último propósito do grande acelerador é confirmar a existência da partícula de Higgs (chamado "bóson de Higgs"), o elemento que falta no denominado "modelo padrão da física de partículas".
Sobre isso, os cientistas afirmaram que os experimentos realizados este ano permitiram "delimitar melhor o espaço onde está o bóson de Higgs e as partículas supersimétricas". Também puderam testar "de maneira mais exigente o modelo padrão da física de partículas e aprofundar a compreensão sobre o universo primordial".
De acordo com o Cern, o LHC permitiu ingressar em territórios "até agora inexplorados na busca de uma nova física". "Conseguimos circunscrever o bóson de Higgs na parte baixa da gama de massas na qual é suscetível de ser encontrado", afirmou o instituto. O LHC está informando os físicos de todo o mundo sobre as quantidades de dados que testam o modelo padrão da física de partículas. "Começamos a alcançar níveis de sensibilidade que poderiam nos permitir ver além", declarou um porta-voz do experimento, Pierluigi Campana.
Nas próximas semanas serão analisados os dados gerados em 2011, mas os responsáveis pelo LHC anteciparam que para o surgimento de uma "nova física" é necessária a coleta de mais dados em 2012. O LHC iniciará no próximo mês uma nova experiência de colisões de prótons com íons de chumbo, para tentar analisar a estrutura interna deste último elemento, de maior massa que os prótons
Lei mais em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5445700-EI8147,00-Acelerador+de+particulas+LHC+ja+alcancou+os+objetivos+de.html
O diretor do Cern para aceleradores e tecnologia, Steve Myers, afirmou que ao término das operações para este ano o acelerador de partículas "alcançou sua velocidade de cruzeiro". Com isso, a taxa atual de produção de dados é 4 milhões de vezes superior comparada com o primeiro período de exploração em 2010, e 30 vezes superior à registrada no início deste ano.
A meta traçada pelos cientistas para 2011 foi atingida já em junho, o que fez com que elevassem seus objetivos anuais, novamente alcançados em 18 de outubro. O último propósito do grande acelerador é confirmar a existência da partícula de Higgs (chamado "bóson de Higgs"), o elemento que falta no denominado "modelo padrão da física de partículas".
Sobre isso, os cientistas afirmaram que os experimentos realizados este ano permitiram "delimitar melhor o espaço onde está o bóson de Higgs e as partículas supersimétricas". Também puderam testar "de maneira mais exigente o modelo padrão da física de partículas e aprofundar a compreensão sobre o universo primordial".
De acordo com o Cern, o LHC permitiu ingressar em territórios "até agora inexplorados na busca de uma nova física". "Conseguimos circunscrever o bóson de Higgs na parte baixa da gama de massas na qual é suscetível de ser encontrado", afirmou o instituto. O LHC está informando os físicos de todo o mundo sobre as quantidades de dados que testam o modelo padrão da física de partículas. "Começamos a alcançar níveis de sensibilidade que poderiam nos permitir ver além", declarou um porta-voz do experimento, Pierluigi Campana.
Nas próximas semanas serão analisados os dados gerados em 2011, mas os responsáveis pelo LHC anteciparam que para o surgimento de uma "nova física" é necessária a coleta de mais dados em 2012. O LHC iniciará no próximo mês uma nova experiência de colisões de prótons com íons de chumbo, para tentar analisar a estrutura interna deste último elemento, de maior massa que os prótons
Lei mais em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5445700-EI8147,00-Acelerador+de+particulas+LHC+ja+alcancou+os+objetivos+de.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário